Já era público que Pinto da Costa e Pepe tinham acordado a renovação do contrato do ex-defesa central por mais um ano, mas que o mesmo só seria registado no caso de o ex-presidente ganhar a eleições do FC Porto, realizadas no passado dia 27 de abril.
André Villas-Boas levou a melhor nas urnas e Pepe entendeu colocar um ponto final na carreira, apesar de sentir que ainda tinha condições para jogar por mais um ano.
Ora, na entrevista que deu à TVI e cuja primeira parte foi para o ar na noite de ontem, Pinto da Costa recordou esse episódio e aquele canal exibiu parte do documento que confirma esse acordo. Foi, por exemplo, mostrado que Pepe iria ganhar 129.583 euros liquidos por mês, num acordo que teria início a 1 de julho de 2024 e ficaria concluído a 30 de junho de 2025.
Até ao fim desse contrato, Pepe iria encaixar 1,554.996 euros, o que representaria um encargo na ordem dos 3 M€ para o FC Porto. Em suma, o ex-central manteria as condições que auferia em 2023/24 e, já na altura, não estava no pódio dos jogadores melhores pagos do plantel azul e branco. Pepe era o 4.º classificado desse ranking, a par de outro colega.
“Tenho um contrato assinado com o Pepe para ele jogar por mais uma temporada. Eu tenho uma cópia e o Pepe tem o duplicado. Tenho fotografias dele a assinar. E, então, ele diz-me o seguinte: ‘Eu assino. Se o presidente ganhar as eleições mete o contrato e eu jogo. Se não ganhar, eu acabo a minha carreira’”, explicou Pinto da Costa.
Na época passada, Pepe participou em 34 dos 52 jogos realizados pelo FC Porto e a última vez que vestiu de azul e branco foi frente ao Casa Pia, no jogo imediatamente anterior ao do dia das eleições. Ainda assim foi convocado para o Campeonato da Europa e despediu-se após 120 minutos de grande nível contra a França.